Hoje, a conhecida geração “youtube”
a nova geração de dançarinos, apelidada assim pela geração anterior nem imagina
como eram os eventos de dança há algum tempo.
Há 12 anos, os grupos andavam uniformizados
como cheerleaders, tinham gritos de “guerra” e levavam as competições como
verdade batalhas navais. Cada titulo era considerado pelos grupos como verdadeiras
conquistas, motivo para se orgulhar por anos.
Lembrando que essas competições
eram coreográficas, nada de batalhas ou distinção de estilos de dança. A
categoria “dança de rua” tinha apenas um estilo, cercados pro acrobacias,
simétricos e ginásticos, nada parecido com o que temos hoje.
Vocês devem estar se
perguntando como eles obtinham informações? Como mantinham contato com os
dançarinos dos outros grupos.
As informações vinham através
de fitas VHS e os contatos com os dançarinos dos grupos concorrentes quase não
existiam. Mas, quando havia, geralmente era via correio. Nada de internet.
Depois de algum tempo, com a
chegada da internet, os grupos já haviam criado algum conceito comportamental,
já não estavam mais fechados e mantinham uma certa amizade com os demais.
Naquela época, havia apenas um site e os fóruns do mesmo pegavam fogo com comentários
anônimos. A partir daí, consolidação de discussões de estilos de dança.
Os grupos que dançavam estilo
Marcelo Cirino ou Octávio Nassur. Alguns denominam break em cima e break em
baixo, haviam os que chamavam de popping de braak, o que acontece até hoje.
Quem dançava com hause music e
movimento acrobáticos, denominavam estilo “Miami”, enquanto quem dançava com
hip hop denominava-se “charme ou soul”. Não faço idéia como as pessoas chegaram
a tais nomes para definir as danças urbanas.
Eram apenas rumores, nada com
embasamento teórico que me faça ter certeza para contar a vocês. Isso eu deixo
para os que vieram antes de mim.
Dentre varias coisas que hoje
vocês devem estar horrorizados em ler, existia muita coisa boa na época, tais
como: antes do youtube nós precisávamos ir aos cursos e fazer aulas pra saber
como foram, existiam cursos que duravam a semana toda e sempre lotados, quem
julgava eventos e ministrava aulas eram apenas professores com vasta
experiência profissional e nos grupos você via preocupação em montar a
coreografia com figurinos e desenvolvimento conforme o nome de suas
coreografias.
Para quem dançou nessa época,
ver as pessoas, hoje, reclamando por falta de informação chega até ser
engraçado. Atualmente, com a globalização, ficou muito mais fácil obter
informações, não só as antigas como atuais. Hoje, temos aulas com criadores e
temos brasileiros participando de campeonatos e mega produções mundiais.
Vale lembrar que existiam
pessoas que já tinham as informações corretas. Esse texto é a descrição de
fatos vividos pela grande massa do movimento das evoluções dos festivais.
Por Suzana Amaral
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